De acordo com um estudo da Europe Economics, encomendado pela Fundação por uma Politica burguesa, os acordos bilaterais 1 não tiveram um impacto positivo no PIB para os habitantes da Suíça. A Confederação não concorda.
A livre circulação de pessoas empobreceu a Suíça, de acordo com o novo estudo. Os outros acordos incluídos no primeiro pacote bilateral podem compensar apenas uma pequena parte desta “perda de prosperidade”.
O estudo divulgado sexta-feira pelo instituto de pesquisa de Londres Europe Economics foi encomendado pela Fundação por uma Política Burguesa (“Stiftung für bürgerliche Politik”). O conselheiro nacional de Zurique, Thomas Matter, do UDC, partido que coloca as desvantagens da liberdade de circulação no centro dos seus argumentos, tendo em vista a votação da chamada iniciativa de limitação.
Questão central do estudo: deve a Suíça recuperar o “controle sobre a imigração” graças a um sim à iniciativa para 27 de Setembro, mesmo que isso seja feito para abrandar a livre circulação e outros acordos comerciais entre a Suíça e a UE incluídos em acordos bilaterais 1.
Do ponto de vista dos autores do estudo, a resposta é sim. Segundo sua análise, os acordos não têm um efeito positivo sobre o produto interno bruto (PIB) da Suíça. Assim, a imigração teria custado 4,4 pontos percentuais do crescimento do PIB por habitante entre 2002 e 2017. Quanto à livre circulação, teria causado uma perda de 0,7%.
Sem efeitos positivos
Do lado positivo: as facilidades sobre barreiras técnicas ao comércio previstas no acordo bilateral e responsáveis por um crescimento de 0,2% do PIB por habitante, assim como o acordo sobre transporte aéreo que gerou aumento de 0,1 a 0,2%.
Os autores do estudo não encontraram nenhum efeito para quatro dos sete acordos. Portanto, não podemos dizer que os bilaterais tenham um impacto positivo, como mostram outros estudos.
Outra opinião da Confederação
A Confederação vê os estudos de forma diferente. De acordo com um relatório apresentado no final de Junho pela Secretaria de Estado de Assuntos Económicos (Seco), o acordo sobre a livre circulação de pessoas “contribui significativamente para o crescimento da economia suíça e para a prosperidade da população”.
Também cria uma certa dependência, admitiu a secretária de Estado da Economia Marie-Gabrielle Ineichen-Fleisch. Mas essa dependência é inevitável no mundo globalizado de hoje. Para que a Suíça continue a prosperar, deve ter relações boas e estáveis com a UE.
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