Desde que as fronteiras foram fechadas, estrangeiros não declarados na França não podem mais acessar suas casas e podem estar sujeitos a multas salgadas.
Em 17 de março ao meio-dia, a França se barricou atrás de suas fronteiras. O fecho da alfândega, anunciado na noite anterior pelo presidente Emmanuel Macron, deixou pouco tempo para a organização, prendendo muitas pessoas, inclusive falsos residentes. Esses suíços ou estrangeiros, que vivem na França sem serem declarados lá, ficaram presos sem poder mais , durante a noite, voltar para suas casas. A maioria deles moram o ano inteiro no que é oficialmente uma segunda casa, o que, diante das novas regras, não lhes permite acessar o território francês.
Quase 1.400 pessoas foram surpreendidos entre Genebra e Alta Sabóia, ou 9% do total de veículos controlados. “Obviamente, nem todos são falsos residentes, mas as pessoas são forçadas a dizer que vivem na França na tentativa de voltar para casa”, disse Antoine Vielliard, prefeito de Saint-Julien-en-Genevois (F), depois de falar com funcionários da alfândega. No lado de Ain, existem 2.000 recusas em entrar no território francês. “Durante esse período, confirma Benoît Huber, sub-prefeito de Gex-Nantua (F), os veículos com placas suíças foram particularmente controlados. As pessoas que não têm sua residência principal na França não conseguiram atravessar a fronteira. Se os falsos residentes se encontram em uma situação difícil, é apenas por causa deles. ”
Conta salgada
Assim, após essas verificações, foram enviados cerca de cinquenta pedidos de regularização apenas para o departamento de Ain. Eles serão revisados no devido tempo. Os falsos residentes apanhados na fronteira estão expostos, antes de mais nada, será feita uma recuperação do IVA. Normalmente, ao se instalar na França, você deve importar o seu veículo e compensar a diferença de 12%. No caso de fraudes, eles podem ser tributados três vezes. Dependendo do veículo, a fatura pode ser salgada.
De seguida, os infratores terão que se estabelecer com as autoridades fiscais francesas. No que diz respeito aos salários, os trabalhadores transfronteiriços são tributados na fonte, o que não deve ser muito difícil (verificar caixa AVS). Poderá ser diferente para bens ou contas na Suíça que deveriam ter sido declaradas na França. “Processos criminais são possíveis”, diz Antoine Vielliard.
Existem pelo menos cinquenta pedidos de regularização, o que não é muito para os poucos milhares de expulsos. Para o prefeito de Saint-Julien-en-Genevois, “deve haver uma explosão de pedidos após a reabertura das fronteiras. O confinamento terá tido a virtude de mostrar que é mais fácil estar em boas condições. ”
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