Resíduos: Portugal continua a ser a lixeira da Europa

Resíduos: Portugal continua a ser a lixeira da Europa
Resíduos: Portugal continua a ser a lixeira da Europa

Durante anos, milhões de toneladas de resíduos foram enviados para aterros portugueses. Situação que não vai mudar, deplora o Jornal i, desde que o país não aumente o custo da reciclagem, a mais barata do continente europeu.

“Portugal continua a ser o caixote do lixo da Europa”, a manchete desta terça-feira, dia 22 de setembro, no Jornal i. O diário especifica que 2,2 milhões de toneladas de resíduos foram enviadas do estrangeiro para aterros portugueses em 2018, o dobro de 2017 (+ 53%). Em quantidade, a Itália domina largamente a lista dos 47 países (incluindo a França) que despejam o seu lixo em Portugal, grande parte do qual passa pelo porto de Sines, no Alentejo.

Esta é uma situação nada invejável do ponto de vista ambiental, e não vai mudar enquanto os custos de reciclagem impostos pelo Estado continuarem tão atrativos no continente.

O problema é que cada país paga (apenas) 80 euros por cada tonelada que envia para Portugal, valor muito inferior à média europeia (nunca inferior a 100 euros). ”

Se o aumento da taxa de gestão de resíduos, que passará de 11 para 22 euros como pretendiam os ecologistas, for aprovado esta semana, só entrará em vigor no início do próximo ano, enquanto havia sido prometido este mês pelo governo.

Entretanto, as toneladas vão-e acumulando e nos 11 aterros portugueses (os do Valongo e da Azambuja têm sido alvo, recentemente, de várias reclamações) poderão ficar saturados muito mais rapidamente do que se esperava, receia a Quercus, uma associação ambiente de Portugal.

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