O monumental Palácio de Mafra classificado pela Unesco

O monumental Palácio de Mafra classificado pela Unesco
O monumental Palácio de Mafra classificado pela Unesco

O monumento que remonta a 1750 foi declarado Património Mundial. O palácio abriga dois dos maiores sinos do mundo.

A UNESCO inscreveu o Palácio do Património Mundial de Mafra. Este monumento barroco do século XVIII testemunha a opulência do antigo império colonial português. Sua construção inspirou um romance de José Saramago.

O imponente complexo, localizado a 25 km a norte de Lisboa, é composto por um palácio real, uma basílica, um convento, um jardim e uma zona de caça.

Tal como o Palácio de Versalhes, perto de Paris, o Palácio do Escorial, em Madrid, ou o Palácio de Schönbrunn, em Viena, Mafra foi erguido por um monarca que pretendia deixar vestígios do seu poder e riqueza.

Sob as ordens do rei João V, sua construção começou em 1717 e durou trinta anos, o edifício de mármore foi concluído com a morte do monarca em 1750.

Financiado pelo ouro do Brasil

Sua construção foi financiada pelo ouro do Brasil, jóia do vasto império colonial português cuja idade de ouro estava chegando ao fim. O seu declínio será precipitado, em particular, pelo terramoto que devastou Lisboa em 1755.

Mafra tem dois dos maiores sinos do mundo, com um total de 98 sinos e uma impressionante biblioteca de cerca de 36.000 volumes raros.

O escritor português José Saramago, vencedor do Nobel de Literatura de 1998, dedicou um dos seus romances mais populares, “O Deus Pinguim”, à história deste monumento, publicado em 1982.

O autor lembra que o rei João V prometeu construir o palácio se a Rainha Ana da Áustria lhe desse um herdeiro.

Ele também estava interessado no destino dos 52.000 trabalhadores que o ergueram, denunciando de passagem a hipocrisia da fé católica de um monarca megalomaníaco.

Mafra também serviu de cenário para o filme de Patrice Chéreau, “A Rainha Margot”, que ganhou prémios em Cannes em 1994.

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