Suiça: Pobreza aumenta 10% em apenas um ano

Em 2017, mais de 8% da população vivia em condições precárias. Uma percentagem que continua a aumentar, apesar das boas condições económicas.

Na Suíça, um país rico, a pobreza não para. Afectou 675.000 habitantes em 2017, um aumento de 10% em um ano. A Caritas, que divulgou os números na terça-feira, pede uma reforma na assistência social.

A pobreza tem aumentado constantemente desde 2014. Embora sua taxa ainda fosse de 6,7% em 2014, subiu para mais de 8% da população em 2017. Em números absolutos, isso representa 60.000 pessoas a mais entre 2016 e 2017. Um desenvolvimento ainda mais preocupante, já que o desemprego atingiu sua taxa mais baixa (2,6%) em dez anos, lembrou a Caritas na terça-feira.

Nem todo mundo beneficia de boa situação económica. A taxa de desempregados ao final de seus direitos se estabilizou em um nível alto em 2018. E a precariedade das condições de trabalho continua a aumentar, de acordo com o calendário Social da Caritas em 2020.

Em 2018, 360.000 habitantes gostariam de trabalhar mais, mas não encontraram um emprego com uma taxa de actividade mais alta. As mulheres são três vezes mais afectadas que os homens. No geral, elas também são três vezes mais numerosas que seus colegas do sexo masculino a trabalhar em período parcial. Consequência: a reforma das mulheres é, em média, 37% menor que a dos homens.

As facturas do seguro de saúde também sobrecarregam os orçamentos das famílias. Enquanto os seguros dobraram nos últimos 20 anos, os salários reais aumentaram apenas 14% durante o mesmo período. Na maioria dos cantões, os segurados gastam uma média de 15 a 18% de sua renda em seguros, bem acima do tecto de 8% originalmente estabelecido pelo Conselho Federal.

Assistência social à reforma

Em vista dessa constante deterioração, a Caritas abordou a questão da assistência social. “Sem dúvida, é necessário reformar, não apenas por causa da estrutura federalista e a ausência de coerção, mas também porque a assistência social é agora muito mais do que a última rede de segurança. frequentemente citado: hoje deve cobrir riscos sociais que nenhum seguro social cobre ”, escreve o trabalho de ajuda mútua. (écrit l’oeuvre d’entraide)

No último indicador produzido pelas vilas, parece que o risco de depender da assistência social aumenta bastante a partir dos 46 anos. O risco para idosos aumentou mais fortemente nos últimos anos. Hoje, as pessoas dependem de ajudas quase quatro anos, em média, dez meses a mais do que dez anos atrás.

Fonte: https://www.tdg.ch/