Por uma questão de sobrevivência, a indústria espera obter um período de carência para não reembolsar os bilhetes até o final de 2021.
As centrais de atendimento das companhias aéreas ainda estão cheias, semanas após o cancelamento do voos. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a quantidade total de passagens afetadas pela crise de saúde representa cerca de 35 bilhões de dólares, incluindo 10 bilhões na Europa. À beira da falência, as companhias aéreas estão a fazer de tudo para que seus credores desistam de dinheiro. “Em princípio, tentamos satisfazer os clientes com vouchers o mais rápido possível e não permitir reembolsos imediatos”, disse Ulrich Svensson, diretor financeiro do grupo Lufthansa.
“De preferência, podem oferecer um voucher para os passageiros, mas não podem forçá-los a aceitá-lo”, alertou Adina Valean, comissária europeia de transportes. Citado pelo “NZZ am Sonntag”, não especificou o prazo. As empresas gostariam de proceder ao reembolso de vouchers válidos até o final de 2021, quando normalmente são devidos nos dias após o cancelamento de um voo. “Se não obtiver-mos este prazo, várias companhias aéreas não sobreviverão”, disse a porta-voz da associação europeia de companhias aéreas A4E, acrescentando que “isso colocaria os passageiros afetados em uma situação muito pior”. Em média, as companhias aéreas têm reservas de caixa por cerca de dois meses, o mês de maio prometendo ser crítico. Reembolsar os bilhetes cancelaria parcialmente a ajuda do governo que se espera para sobreviver.
Apoio de 1 bilhão esperado na Suíça
Um grupo de trabalho foi formado para apoiar o setor de aviação com os conselheiros federais Ueli Maurer, Guy Parmelin e Simonetta Sommaruga. Oficialmente, não há informações sobre isso, diz “NZZ am Sonntag”, mas as companhias aéreas Swiss e Easyjet, aeroportos e Swissport participariam com uma cláusula de confidencialidade. Segundo especialistas do setor, um pacote de 1 bilhão de francos pode ser lançado. Deveríamos aprender mais nos próximos dias.
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