Os emigrantes quando vão de férias. Opinião de um português emigrado.

Os emigrantes quando vão de férias. Opinião de um português emigrado.
Os emigrantes quando vão de férias. Opinião de um português emigrado.

Emigrante português deixa um desabafo em sua pagina facebook, onde sua opinião é que portugueses não são mais portugueses ao sair do país por motivos de emigração.

 

Autoria: António Melo

Tu, que nunca saíste de Portugal, consegues imaginar o que se sente ao ver esta placa, uma simples placa à borda da estrada, sem falar das que encontramos (a dar os km que faltam) a meio de Espanha.

Eu e os milhões que vamos de Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Bélgica, Alemanha, Áustria e Holanda, sabemos o que sentimos, e tu, sim tu que nos julgas, que nos calunias, que pensas ser português e nós estrangeiros, sim tu aí, sabes o que é sentir a Pátria?

Se não sabes, pensa e tenta saber, porque quando dizes, carro alugado, armados em ricos, é só mania…

Vem, vem cá fora, e tenta aguentar 11 meses sem estar com os amigos, sem moinas baratas, sem jantares de família, sem aquela facilidade das coisas, vem ouvir insultos racistas, ser tratado como um animal. Vem ó esperto, sim tu és esperto, a tua vida não faz sentido mas és tu o esperto, nem sabes o que é lutar pela vida, reclamas por trabalhar 45 h por semana, vem que essas 45 h só as vez no Inverno, e quando tiveres sorte, tu aí que passas o tempo a depositar o teu dinheiro na tasca ou no Bar do canto, vem e tenta fazer o mesmo por cá, sim é a grande diferença, nós, na maioria, o dinheiro da cerveja, café e bagaço, depositamos nas contas em Portugal, para quando aí chegar ter-mos uns trocos para as nossas férias, aquelas que tu chamas de rico e dizes que andamos inchados.

Agora digo-te eu, quando vamos de férias, fazemos loucuras, descansamos, e gastamos, sim, é o fruto de 1 ano de trabalho sem desfrutar da vida.

E tu, emigrante, que sabes do que falo, Partilha! Visite nossa pagina dê um gosto.

O que me levou a escrever este texto, foi única e simplesmente de estar farto de ser estrangeiro em Portugal e fora dele, porque o Estado e as Finanças tratam-nos da mesma maneira que a ti.

 

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3 Comments

  1. Antigamente os emigrantes permanecia apenas 9 meses na Suíça e 3 meses em Portugal, muitos trabalhavam de solo a solo, tinham o seu emprego e ainda iam fazer Büros e nem tão pouco gastavam um pataco num café ou numa cerveja, eram escravos do trabalho. Juntavam dinheiro para enviar para a mulher criar os filhos e para comprar casa e terrenos. Quando foi abolida a Lei da emigração os emigrantes tomaram um rumo, começaram a trazer toda a família para a Suíça, os Portugueses quadruplicaram! AS nossas crianças começaram a estudar cá a língua de cá, dependendo o Cantão para onde vieram viver, entre a linguagem alemã, italiana, francesa ou reto-romana. AS dificuldades talvez aumentassem para muitos aqueles que tinham filhos, com a obrigatoriedade de pagar o Seguro de Doença, rendas de casa, quando antes viviam em quartos a Wc partilhados. Foi a partir daí que os empregos começaram a ter mais procura, mais despedimentos, menos tempo de trabalho e até digo; os suíços incutiram uma forma de empregar o mais gente possível, passando a empregar mais gente por exemplo a 50, 60, 70% e assim a grande parte conseguir viver. Hoje em dia cerca de metade dos emigrantes trabalha entre 50 a 80%, muitos teem mesmo só os Büros e quem tem o seu emprego de 100% quase já não faz Büros. Também quando a Suíça colocou a moeda do Franco quase igual ao Euro, as pessoas deixaram de ter tanto poder econômico, pois que o Câmbio deixou de ter interesse ao enviar para o Banco em Portugal. Cada vez mais as Firmas pagam mais mal, há muita concorrência, aumentaram ao serviço e diminuíram ãs horas. a mim faz-me lembrar a exploração do trabalho e das pessoas que os antigos falavam da antiga África e Brasil nas ex. Colónias. Agora com pouca frequência os emigrantes compram Campos e matas em Portugal, casa já muito pouco, pois ficam uma vida desabitadas a estragarem-se e a limpeza dos terrenos é Caríssimo. Também é verdade que a maioria dos emigrantes nesta era mais moderna, já não é tão escrava do trabalho, os nossos filhos cresceram e estudaram e muitos estão ao nível e até muito mais alto que os próprios suíços, muitos suíços vivem quase no Büros a trabalhar, enquanto outras raças se formam nas Universidades. Também já tomamos o nosso café e a nossa cerveja e vamos a baile e aos restaurantes muitas vezes. A isto quero dizer que se deixou de juntar dinheiro, mas a ter uma vida digna, uma vez que o dinheiro não é tudo. Realmente quem trabalha em família não tem dificuldades financeiras, mas quem tiver azares com doenças ou acidentes ou desemprego prolongado, terá muitas dificuldades. Há aqueles que vivem do luxo e endividam-se com créditos, trocam de carro como quem troca de namorada e fazem créditos para férias à rico e á francesa sem ter posses de pagar a seguir. Mesmo aqueles que vivem o dia-dia, quando chega a altura das férias, recebem o 13 mês, podem usar o Plafom da carta de crédito com precaução e dentro dos limites e fazem umas férias razoavelmente boas e sem problemas financeiros para o futuro. É triste, muito triste sermos tratados em Portugal por emigrantes e na Diáspora também. Só somos nacionais para pagar o IMI e o IUC em Portugal. Criticam pela linguagem, é certo que muitos armam-se e nem sabem falar a língua no qual pretendem querer usar, mas muitos até por falta de cuidado ou porque está acompanhado com um estrangeiro, ou porque nasceu fora e outros motivos falam entre si. Entre si! Que mal tem? Não era de todo correcto falar para outra pessoa qualquer da mesma forma. Nós no estrangeiro somos Ausländer/Estrangeiros, quero dizer que nos tratam desta forma tipo racismo ou têm dúvidas? A mim aborrece-me mesmo é que me digam; Não estás bem aqui vai para o teu país e quando sai dum sovina português, fico-lhe com uma raiva que se pudesse mordia-o nos calcanhares´. Outra coisa que me arrelia é chamar-nos Tugas, tuga para muitos é o diminutivo de português, porra, mas a grande parte dos estrangeiros ou os de origem desse país que nos encontramos, apelidam-nos de Tuga como quem dizburro´ ou outro! O pior da emigração é que são menos unidos na mesma que em Portugal, gostam é de se mostrarem. Muitos atacam-se entre si e agora com as redes sociais é tão frequente como o pão para a nossa boca. Para terminar, eu tenho dito, cada vez mais á duas classes, os ricos e os pobres, falando em vidas normais, porque pobres são aqueles pobres de espirito, os doentes, os sem trabalho, os sem abrigo. Infelizmente há muita gente a passar fome, mesmo a ter tecto e no meio de isto tudo há os da rua que por muitas razões lá foram parar. Não critique, ajude. Nesta parte os portugueses Auto ajudam-se quando fazem peditórios para tais fins, mas há por trás disto quem esteja a beneficiar e temos de saber a quem ajudamos para depois justificarmos à sociedade em geral. Ser emigrante é ter saudade da Pátria, mesmo que tenha a família directa na presença, pois ainda restam a muitos os Pais e os Avós, Tios, Primos e aquele amigo que cresceu connosco. Boss festa de Natal e Próspero Ano Novo.

    Quelhas, Director Revista Repórter X Editora Schweiz

  2. Sou Português nunca trabalhei na Suíça mas sim em França e vemos os sacrifícios de cada um nesse país, que muitas vezes trabalhava 23 horas por dia e nunca fiquei rico, muitos de vós ides pensar oh tantas horas, naquele tempo as horas de cada semana obrigatórias eram de 39 h semanais eu fazias em 2 dias mas o patrão só me pagava 8 horas por dia eu trabalhava das 10 da noite até as 21 h do dia seguinte não havia sábados nem domingos eu era motorista de pesados ou seja camionista o meu trabalho era somente em França não havia tempo de ir gastar o dinheiro em cafés mesmo que o quisesse, por isso sinto que nós Portugueses devemos ser bem tratados não ser racistas como eu já ouvi muitas vezes alguns Franceses a dizerem na minha cara que eu fui para o Pais deles para lhes roubar o pão, se calhar até seria verdade mas não fui eu fui para França fugido ao serviço militar antes do 25 de Abril nunca fui roubar o pão deles era isso que muitas vezes ouvia, muitas vezes chorei não tenho vergonha de o dizer mas é pura realidade, por isso não nos maltratem.

  3. o Sr Antonio Melo está a prepeturar o estigma do emigrante que vem de férias fazer vidda de rico durante 15 dias e gastar o pouco dinheiro que amealhou durante o ano.
    Pois eu nao me revejo nessa visao de emigrante coitadinho. A suiça nao chamou ninguem para aqui, toda a gente vem de livre vontade. Trabalhamos muito pelo nosso dinheiro a vida é dura e os invernos rigorosos. Ainda assim a maior parte dos emigrantes vivem completamente individados e numa situaçao economica mais desfavoravel do que aquela em que se encontravam antes de sairem de Portugal, e essa meus amigos, é a triste verdade da emigraçao poruguesa que ninguem quer ver ou admitir. Aparencias iludem e nem tudo o que reluz é ouro. Dizer que o portugues que sempre viveu em Portugal nao “sabe o que é lutar pela vida” dá-me vontade de rir porque estas pessoas que criticam, emigraram por certos motivos e nao me parece que tenha sido pelos altos salários que recebiam. Se há alguem que sabe o que é lutar pela vida sao os que ficam. Bem haja a todos os emigrantes e mais uma vez, aqui nao há coitadinhos, há gente guerreira mas humilde

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