
No semanário Expresso desta semana, o embaixador de Donald Trump em Lisboa exige que Portugal escolha entre o “amigo e aliado” da América e o “parceiro económico” da China. Um comunicado que as autoridades portuguesas e a imprensa não apreciaram muito.
Tio Sam parte para o ataque em Portugal. Em seu ver os investimentos chineses acumulam-se e ele os considera preocupantes.
A manchete do Expresso desta semana informa que “os EUA estão a pressionar Portugal a se distanciar da China”. O semanário publicou uma entrevista do embaixador americano em Lisboa, George Glass, que lançou um ultimato: Portugal “deve agora escolher” entre, o seu “amigo” e “aliado” transatlântico, ou o seu “parceiro econômico” chinês.
A resposta das autoridades portuguesas, que é divulgada no site semanal Sol, não tardou a chegar. O Ministro das Relações Exteriores Socialista, Augusto Santos Silva, e o presidente conservador, Marcelo Rebelo de Sousa, lembraram que Portugal é soberano sobre estas decisões.
Pressões “inaceitáveis”
Desde então, a imprensa portuguesa está unida. Em um editorial, o Público deplora o facto de o diplomata americano (que não tem formação) se entregar ao “nacionalismo protecionista e populista” do seu amigo Donald Trump. O debate merece ser questionado, porém concorda o jornal, mas certamente não nestes termos:
Embora estas pressões sejam deploráveis e nos lembrem da arrogância americana dos dias em que tratava os países (especialmente os da América Latina) como desnecessários, o assunto requer mais reflexão.
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