De acordo com uma pesquisa recente a população suíça quer produtos que durem mais e que possam ser reparáveis. Para tal, querem um sistema de rótulos que indique a possibilidade de reparo nos eletrodomésticos.
Os consumidores na suíço gostariam de ver um sistema de rótulos que avaliasse a capacidade de reparo de eletrodomésticos ou eletrónicos. Querem também produtos que sejam reparáveis e durem mais, mesmo que sejam mais caros, de acordo com uma pesquisa da Alliance of Consumer Organizations.
Apenas 2% dos entrevistados se opõem a um índice de reparabilidade, enquanto 98% deles são a favor, disse a Aliança de Organizações de Consumidores em um comunicado na quarta-feira. 96% dessas pessoas estariam dispostas a pagar mais por um produto com garantias específicas de reparabilidade, contra 38% que estariam dispostas a pagar apenas um pequeno custo adicional.
O fato de um eletrodoméstico ter uma vida útil longa desempenha um papel decisivo para (64% dos entrevistados) ou importante para (35%) na escolha da compra. Apenas 1% considera esse fator secundário. Um índice de reparabilidade de acordo com critérios objetivos seria um fator decisivo com (58%) ou importante (39%) para a maioria, de acordo com a pesquisa.
97% dos entrevistados afirmaram já se ter desfeito de um dispositivo ainda em bom estado pelo menos uma vez, simplesmente porque os custos de reparação eram muito altos ou as peças de reparação não estavam disponíveis. 34% disseram que já lhes aconteceu “várias vezes”. 77% apoiariam a proibição de vendas de certos produtos não reparáveis, escreve a Associação de Organizações de Consumidores.
Desenvolver a legislação
Para esta pesquisa, 2.665 pessoas de toda a Suíça foram entrevistadas nas últimas três semanas. Estes dados concretos sobre as expectativas dos consumidores permitirão à Aliança de Organizações de Consumidores trazer novos pedidos a Berna e mudar a legislação durante as próximas sessões parlamentares, diz o comunicado.
A Alliance of Consumer Organizations inclui a Fédération romande des consommateurs (FRC), a Stiftung für Konsumentenschutz e a Associazione consumatrici e consumatori della Svizzera italiana (ACSI).
Depois que a União Europeia introduziu o “direito à reparação”, a França será o primeiro país a introduzir um índice de reparabilidade a partir de 2021. Telefones e laptops, televisores, máquinas de lavar e maquinas de cortar relva terão etiquetas que indicam o grau de reparabilidade dos objetos de acordo com critérios objetivos.
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