
Português condenado a mais de seis anos de prisão por tentativa de homicídio na Suíça
A condenação pela tentativa de homicídio
Um homem português foi condenado a seis anos e dez meses de prisão por envolvimento em uma tentativa de homicídio na Suíça. O tribunal da Feira tomou esta decisão na última sexta-feira. Este crime ocorreu em 2022, quando o arguido foi contratado pelo ex-namorado da vítima para executar um plano de vingança.
Motivo da vingança: O plano do ex-namorado
O ex-namorado da vítima não aceitou o fim do relacionamento. Por isso, decidiu se vingar e contratou dois homens para matar a mulher. Ele ofereceu cinco mil euros a cada um deles. Mesmo que o tribunal tenha entendido que os arguidos não tinham a intenção de matar, eles sabiam que o risco existia.
O juiz afirmou que o arguido não poderia ignorar que, ao seguir o plano, estava a pôr em risco a vida da mulher. Portanto, o tribunal rejeitou a versão do arguido, que alegou que só queria “prestar um susto”.
A versão do arguido: O tribunal rejeita a justificação
O arguido tentou justificar a sua ação dizendo que pretendia apenas assustar a mulher. Contudo, o tribunal não acreditou na sua versão. A gravidade do ataque foi evidente, e as lesões graves sofridas pela vítima não deixaram dúvidas. Assim, o tribunal concluiu que o arguido sabia exatamente o que estava a fazer.
O juiz presidente explicou que não foi possível determinar quem foi o responsável por despejar a gasolina, mas afirmou que teria sido um dos dois suspeitos.
Indemnização e consequências do crime
Vítima receberá 20 mil euros de indemnização
Além da pena de prisão, o arguido terá de pagar uma indemnização de 20 mil euros à vítima. Esta indemnização destina-se a compensar os danos causados pela violência, que deixou cicatrizes permanentes na mulher. A vítima sofreu queimaduras graves na cabeça, rosto e parte superior do corpo. Portanto, o tribunal deu uma resposta rigorosa, não só condenando o arguido, mas também oferecendo à vítima uma compensação significativa.
Voto de vencido e detenção do arguido
Apesar de um juiz adjunto ter defendido a absolvição do arguido por falta de provas, a maioria dos juízes decidiu pela condenação. O arguido, que assistiu à leitura da sentença por videochamada, irá continuar em prisão preventiva até esgotar o prazo para recorrer da decisão.
O crime: detalhes do ataque à vítima
Ataque planeado e executado na Suíça
O crime aconteceu a 20 de outubro de 2022, em Aures, na Suíça. O ex-namorado da vítima, juntamente com um cúmplice, planeou o ataque. Para isso, ofereceram cinco mil francos suíços a cada um dos cúmplices. Além disso, prometeram uma remuneração mensal de 536 euros.
Os dois homens foram até à casa da vítima com gasolina e um isqueiro. Quando ela saiu para o exterior, um dos atacantes colocou-lhe um pano na boca para a imobilizar.
O ataque: gasolina e fogo
Após isso, um dos suspeitos derramou gasolina sobre a vítima e ateou-lhe fogo. A mulher sofreu queimaduras graves na cabeça, rosto e tronco. Apesar de estar em risco de vida, ela sobreviveu por sorte, uma vez que as lesões poderiam ter sido fatais.
Fuga para frança e detenção na Feira
Fuga e captura do arguido
Depois do ataque, o arguido fugiu para França com o cúmplice. No entanto, em julho de 2024, a Polícia Judiciária deteve-o em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro. O ex-namorado da vítima também foi preso na Suíça, enquanto o cúmplice foi capturado em França e extraditado para a Suíça.
Conclusão: A gravidade do crime e as consequências
Este caso serve de alerta para os perigos da violência e da vingança nas relações pessoais. A condenação foi dura, mas necessária para mostrar que a justiça não tolera tais atos. Além disso, a indemnização de 20 mil euros busca, de certa forma, compensar os danos irreparáveis causados à vítima. Assim, a justiça foi feita, mas este episódio reforça a importância de prevenir a violência nas relações interpessoais.
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