Maioria dos portugueses são de acordo com menos imigrantes e menos emigrantes

A maioria dos portugueses manifesta o desejo de ver uma diminuição tanto da imigração quanto da emigração, com 71,7% e 81,2%, respetivamente, segundo um inquérito realizado pela Universidade Católica. A pesquisa revelou que muitos concordam com o apoio aos jovens na aquisição de habitação.

O relatório, apresentado pela Católica Lisbon School of Business & Economics, indica que 70,1% dos entrevistados estão preocupados com os altos níveis de emigração, enquanto 73,1% expressam apreensão em relação à imigração em Portugal. A grande maioria (71,7%) defende a redução do fluxo imigratório, e 81,2% acredita que a saída de cidadãos para outros países deve ser contida.

Os dados foram obtidos a partir de 997 questionários online em julho de 2024, revelando um aumento das preocupações dos portugueses em comparação com estudos anteriores, como os do Eurobarómetro de 2017 e da Organização Internacional para as Migrações de 2015, realizados antes da pandemia, quando o tema não era tão debatido publicamente.

Em entrevista à Lusa, Rafael Demczuk, um dos responsáveis pelo estudo, explicou que a imigração foi incluída no inquérito devido à sua relevância nas preocupações sociais, e que essa questão será avaliada regularmente para acompanhar possíveis mudanças de opinião.

O relatório também abordou a percepção dos portugueses sobre a habitação e as políticas governamentais destinadas a facilitar a compra da primeira casa para jovens, concluindo que a maioria apoia as iniciativas. A isenção do imposto do selo para valores até 316.772 euros foi a medida mais bem recebida, com 69,9% de aprovação, enquanto outras reduções fiscais e garantias públicas também contaram com amplo apoio.

Além disso, o inquérito incluiu outras questões e os participantes expressaram maior satisfação com a segurança alimentar, parques nacionais e espaços ao ar livre, assim como com a segurança nacional. Em contraste, as áreas com menor satisfação foram o aumento do custo da habitação, corrupção, escassez de moradias nos centros urbanos, habitação pública, pobreza, desigualdade social e políticas de imigração.

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