
Suíça em 13.º país mais feliz do mundo: Portugal ocupa a 56.ª posição
A Finlândia continua a liderar como o país mais feliz do mundo pelo oitavo ano consecutivo, segundo o Relatório Mundial da Felicidade de 2024, publicado sob a égide das Nações Unidas. Enquanto isso, a Suíça figura em 13.º lugar e os Estados Unidos registam a sua pior classificação de sempre, caindo para a 24.ª posição. Portugal, por sua vez, encontra-se em 56.º lugar, refletindo desafios no bem-estar da população.
Os fatores que influenciam a felicidade mundial
O ranking baseia-se numa média trienal de vários indicadores, incluindo satisfação pessoal com a vida, PIB per capita, apoio social, esperança de vida saudável, liberdade, generosidade e perceção de corrupção. Assim, os países nórdicos mantêm-se na liderança, uma vez que oferecem altos padrões de qualidade de vida, serviços públicos eficientes e um forte sentido de comunidade.
A Finlândia não só assegura o primeiro lugar, como também aumenta a distância para a Dinamarca, que ocupa a segunda posição. Seguem-se Islândia, Suécia e Israel, formando o top 5 dos países mais felizes do mundo.
Curiosamente, a Costa Rica e o México entram-se no top 10 pela primeira vez, mostrando que a felicidade não está exclusivamente relacionada com riqueza económica, mas também com fatores culturais e sociais. A Suíça, que já esteve entre os cinco primeiros, ocupa atualmente a 13.ª posição, mantendo um elevado padrão de qualidade de vida.
Os EUA registam a pior classificação da sua história
Os Estados Unidos caíram para a 24.ª posição, o pior resultado desde o início do relatório em 2012. Entre os principais motivos apontados está o aumento do isolamento social. O estudo revela que o número de americanos que fazem todas as suas refeições sozinhos aumentou 53% nas últimas duas décadas, o que tem um impacto negativo no bem-estar. Além disso, os EUA registaram um aumento nas “mortes por desespero” (suicídio ou abuso de substâncias), ao contrário da tendência de queda verificada na maioria dos países.
Portugal na 56.ª posição: quais os desafios?
Portugal encontra-se em 56.º lugar, abaixo da França (33.º), Brasil (36.º), Bélgica (14.º) e Canadá (18.º). Esta posição reflete desafios estruturais, como baixos salários, dificuldades no acesso à habitação e um sistema de saúde pressionado. Embora Portugal ofereça um clima ameno, boa gastronomia e segurança, muitos cidadãos enfrentam dificuldades económicas e sociais que impactam o seu bem-estar.
Adicionalmente, o estudo destaca que a perceção de corrupção também afeta a felicidade em Portugal. Problemas ligados à habitação, precariedade laboral e falta de perspetivas para os jovens são apontados como fatores que contribuem para a posição modesta do país no ranking.
O contraste entre os países mais e menos felizes
No outro extremo do ranking, o Afeganistão continua a ser o país menos feliz do mundo, refletindo a grave crise humanitária e política que atravessa desde o regresso do Talibã ao poder em 2021. Outros países em situações de conflito e pobreza extrema, como Líbano e Sudão do Sul, também figuram entre os menos felizes.
Como melhorar a felicidade de uma nação?
O estudo reforça que a felicidade não depende apenas da economia. Elementos como conexões sociais, qualidade dos serviços públicos e perceção de justiça e segurança desempenham um papel crucial. Para que países como Portugal melhorem no ranking, será necessário investir na qualidade de vida dos cidadãos, promovendo políticas públicas mais eficazes e garantindo melhores condições de trabalho e habitação.
A felicidade de uma nação não se mede apenas pelo seu PIB, mas pelo bem-estar das pessoas que nela vivem. Assim, países que promovem uma sociedade mais equilibrada e solidária têm tendência a apresentar uma população mais feliz e satisfeita com a vida.
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